Em momentos de crise a demanda de candidatos disponíveis no mercado aumenta e isso faz com que as empresas tenham melhores condições de optar por um perfil superior do que a vaga realmente necessita, em virtude da oferta ser maior.

Diante deste cenário os processos seletivos passam a ser mais concorridos, pois todo mundo quer sua recolocação o quanto antes e com tanta opção, o trabalho do headhunter também fica mais difícil neste momento. Mas o que eu quero te falar, não é especificamente sobre processo seletivo, dicas, etc, este assunto poderá ser abordado em um outro post.

Venho aqui te mostrar um lado que talvez você não conheça, que fica exatamente a sua frente na hora de uma entrevista, que é do entrevistador. Muita gente classifica o recrutador, como uma pessoa fria, que está apenas fazendo o que tem que ser feito, e que ele é um alguém "sem coração", haja visto que está empregado e em uma posição bem confortável, mas na verdade é muito mais do que isso e talvez você não sinta no ato da entrevista.

O papel do recrutador é muito complexo, pois imagina que o papel básico é justamente buscar aquilo que é essencial ao seu cliente, dentro de um escopo definido que atende a uma estratégia específica. A partir deste momento então inicia o trabalho de montagem de estratégia deste processo seletivo que buscará identificar potenciais candidatos que atendam aquelas características, e esta avaliação passa por aspectos técnicos e comportamentais... você já deve perceber a responsabilidade do que eu disse até aqui. Não é nada fácil extrair tudo isso de um candidato e a habilidade do entrevistador juntamente com a estratégia definida, fará ele ter ou não o sucesso necessário, sim necessário, pois o resultado dele depende exclusivamente desses fatores.

Feito este trabalho, inicia o processo de "venda" dos candidatos a empresa/cliente, abordando cada ponto que foi solicitado no levantamento de perfil para então analisarem em conjunto a aderência dos candidatos.

O que talvez você não saiba e vou revelar aqui pra você, é que nós, além de ter esse trabalho intenso e desafiador a todo momento, a cada vaga, é que também nós temos coração e sentimentos, podem ficar tranquilos (rsrsrs) e inclusive torcemos por alguns candidatos, podem acreditar, é verdade.

O final desta história não depende exclusivamente de nós e sim de nosso cliente que é a empresa contratante, pois ele sabe, muito melhor que nós a necessidade específica de cada departamento e qual candidato entre os apresentados que mais atenderá esta demanda e então aquela torcida que temos, muitas vezes se confirmam com a contratação e outras vezes não, restando ao Headhunter o papel do feedback a todos e o aproveitamento do mesmo em outro processo seletivo.

Do outro lado da mesa existe muita torcida por você e ao mesmo tempo um trabalho "solitário", pois algumas particularidades ficam por conta da confidencialidade de cada processo e de cada empresa.

Forte Abraço,

Fábio Sartori.