As oportunidades que existem, pela falta de engajamento dos colaboradores nas empresas.

É muito comum quando um novo colaborador é admitido nas empresas, nos primeiros 6 meses demonstrar um alto nível de engajamento e motivação, em virtude de nova oportunidade, do seu novo salário, seu novo ambiente e também pela sua nova liderança.

Ocorre que, com o passar do tempo, as questões e decisões do dia a dia, fazem o colaborador aos poucos ir perdendo aquele gás inicial, aquele poder de fogo que ele tinha ao entrar e aos poucos vai desengajando sem perceber, até que um belo dia alguém o comunica, “que ele não faz mais parte dos planos na empresa”.

A primeira atitude deste colaborador é de indignação e de ter a certeza que ele foi desligado “do nada”, mas, como todos sabemos, nada é do nada. Na verdade ele começou a ser desligado ha 5 meses atrás, quando deixou de entregar algum trabalho com qualidade, quando não estava conectado emocionalmente e racionalmente com a empresa / cargo e atuação, quando ele não estava mais engajado com ele mesmo e até então recebia feedbacks que entravam por um ouvido e saía por outro, naquele momento restou apenas a comunicação da sua demissão que começou la atrás.

Isso não é algo fácil de se perceber, principalmente porque somos engolidos pelo dia a dia e deixamos a zona de conforto tomar conta da nossa rotina e aceitamos então a mesmice, o marasmo e perdemos a gestão da nossa carreira e consequentemente jogamos a nossa empregabilidade la embaixo.

Uma pesquisa do Instituto Gallup, demonstra em em todas as empresas, independente do porte e do tamanho, possuem 4 níveis de engajamento, se considerarmos os 100% de colaboradores existentes nela, são eles:

27% dos colaboradores são engajados, ou seja, estão conectados racionalmente e emocionalmente com aquela empresa e com a sua causa e performance acima da média;

34% são os chamados envolvidos, que são aqueles que estão parcialmente engajados, entregam o que o cargo espera, mas são tipicamente conhecidos como os “batedores de cartão de ponto” , 5 min antes do horário de saída, já estão ao lado do relógio.

26% são os classificados como descompromissados, são aqueles colaboradores que tem baixo nível de engajamento, racional e principalmente o emocional, não se sentem parte da empresa e eu carinhosamente costumo os chamar de “Zumbis corporativos”;

13% são considerados ativamente desengajados, conhecidos por falarem mal da empresa, do líder, dos equipamentos de trabalhos, pelos corredores, nos horários estendido de café, ou em qualquer conversa que ele consiga ter com um colega, para fazer valer a “sua razão” de que a empresa não presta.

O que particularmente me assusta aqui é que se somarmos os descompromissados + os ativamente desengajados, temos um percentual de 39% de uma empresa improdutiva e isso reflete em 39% de postos de trabalhos inválidos e que acabam sobrecarregando o restante do quadro de colaborares e o mais grave ainda, 39% a menos de produtividade e receita.

Eu particularmente acredito que com a pandemia, esse número de desengajamento diminuiu sendo motivado “por dor” (medo de perder o emprego) e não “por prazer” (faço porque quero), mas é fato que ainda assim temos um número altíssimo de desengajamento nas empresas.

A grande oportunidade é que você, profissional que cuida da sua carreira e da sua empregabilidade tem, é de estar muito a frente desse perfil, entregando mais, conquistando inclusive reajustes salariais e promoções de cargo, porque você estará a frente de 40% do seu departamento, mas para isso é indispensável um processo intenso de autoconhecimento, para você saber o que pode potencializar e o que pode trabalhar em seu perfil. Se fizer isso por 12 meses, eu aposto com você que os resultados serão absurdamente altos.

De posse dessa informação e dessa reflexão, agora a bola está com você… vai la e faz.

Fábio Sartori é Founder do Grupo Sartori e Educador Executivo.

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